Destino.

A menina caminhava com passos lentos, cabeça baixa, uma lágrima caiu em seu rosto.Ela não tinha motivos concretos para chorar, mas também não tinha motivos para não chorar.Enxugou a lágrima e se conteve para não chorar mais, afinal não queria chegar em casa e ser interrogada por seus pais p que acontecera, já que nem ela sabia.
Sentiu um pingo em sua cabeça, olhou para cima e viu mais pingos vindo em sua direção, abaixou a cabeça e continuou a andar lentamente, realmente não era seu dia, ela pensava.
Ela resolveu correr até de baixo do toldo de uma lanchonete, passaram-se dez, vinte, trinta minutos e nada da chuva parar.Sua mãe devia estar preocupadíssima.De repente um garoto, devia ter uns catorze anos também, foi se abrigar no mesmo lugar que ela, era lindo estava com seus cabelos negros molhados, ele tinha olhos azul água, ele a cumprimentou com um sorriso, e que sorriso.
- Que chuva, hein? – disse ele tentando quebrar o gelo
- Nossa. – concordou ela meio envergonhada, ele se sentou num banquinho e apontou o banquinho ao seu lado para que ela se sentasse também.
- Se temos que esperar vamos esperar juntos – disse ele dando uma piscada um tanto quanto sexy, ela concordo e se sentou ao lado do lindo garoto desconhecido.Passaram horas esperando a chuva passar, enquanto isso foram se conhecendo, se divertindo.Quando a chuva parou os dois se despediram
- Tchau, Carol – disse ele dando um beijo na bochecha rosada da menina.
- Tchau, Felipe – disse ela com uma voz trêmula, ele sorriu
- Me liga mais tarde – disse ele dando uma piscada e seguindo seu caminho apressado.
- Ta bom – disse ela abrindo um enorme sorriso, no caminho para casa pensou em como o destino era bom, no momento em que ela estava mais triste, esse garoto perfeito aparece.Estava feliz da vida, até chegar em casa.
- ONDE VOCÊ ESTAVA? – gritou sua mãe, ela se assustou, mas respondeu calmamente.
- Relaxa, eu fiquei presa em baixo do toldo de uma lanchonete esperando a chuva passar – a mãe se acalmou um pouco, mas ela ainda teve de ouvir o sermão do celular
Depois de alguns minutos de sermão ela foi para o quarto, olhou apaixonadamente para o MSN e o número de celular, com nome Felipe em baixo, anotados em sua mão.Entrou no MSN e imediatamente adicionou o Felipe à sua lista de contatos, mal havia adicionado e:
- Oi, linda – ele a cumprimentou.
- Oie - ela respondeu
- Me liga, prefiro ouvir sua voz – ele escreveu, ela lendo aquilo suspirou.
- Ta bom – escreveu ela, tentando parecer natural.
Eles passaram a tarde toda conversando, revesando quem pagaria a conta.No final da conversa, ele disse:
- Ei, onde você estuda? – ele perguntou timidamente
- Leonardo da Vinci, e você?
- EU ME MUDEI PRA LÁ HOJE! – disse ele surpreso
- SÉRIO? – gritou ela
- Sim, mas não precisa gritar – disse ele rindo, ela ficou calada de tanta vergonha – to brincando – completou ele, ela sorriu.
- Linda, eu tenho que desligar.Até amanhã.Beijo.– disse ele
- Ah, então ta, beijão – disse ela ainda envergonhada.
- Ah, você é de qual sala? – disse ele
- 1º E e você? – disse ela de uma maneira orgulhosa
- 1º F – disse ele calmo
- Ah...
- Amanhã a gente se fala ta?Beijo – ele disse apressado
- Ta bom, beijo.


[encontrado numa pasta velha do computador, atualizei as séries e turmas.]