terça-feira, 28 de julho de 2009


Ela andava sozinha em uma das calçadas daquela cidade grande, ela usava óculos escuros, uma saia rodada, regata e uma havaiana, uma mochila rasgada nas costas e o cabelo preso num rabo de cavalo mal feito, os fones no ouvido e uma música qualquer tocando, seu sorriso não aparecia em nenhum segundo, seus pensamentos voavam pelo lado da tristeza e da vingança, sua mente planejava planos malignos, seus olhos estavam perdidos no nada, e suas lágrimas presas neles, ela mordeu o lábio inferior afim de prolongar a prisão das lágrimas, mas isso não ajudou.Um choro pesado apareceu de repente e ela caiu no chão, embaixo de um prédio qualquer no meio de uma quadra qualquer, ela ficou ali ajoelhada no chão chorando que nem um bebê, suas mãos estavam tapando seu rosto e as pessoas que passavam olhavam atravessado e continuavam seu caminho.Ela se controlou e conseguiu levantar, continuando seu caminho, as lágrimas ainda escorriam e ela andava cambaleando, ela parou em uma portaria e interfonou para um número, uma voz masculina atendeu, ela o mandou descer.Ele desceu com seus belos olhos claros e belos cabelos morenos, ele sorriu meio constrangido ao vê-la, mas ela não devolveu, ela apenas tirou os óculos revelando seus olhos vermelhos, ele se assustou, e ela disse tudo o que queria, e tudo que ele merecia ouvir, ele ficou apenas parado olhando, ela se virou e foi embora, deixando-o ali sozinho, do jeito que ele merecia ficar.

quarta-feira, 22 de julho de 2009


Eu sei que eu não fui feita pra esse lugar, eu sei que eu não fui feita pra viver assim, eu sei que não era aqui que eu deveria estar aqui, eu sei que não era assim que era pra ser, sei minha mente está em um lugar completamente diferente desse que o meu corpo se encontra, sei que meu espírito quer viver de um jeito diferente, sei que ele quer ser livre, sei também que me prendem aqui.Liberdade?Não, o que eu quero é diferente, é algo além, não sei o que, mas sei que liberdade ainda é fraco demais pra mim, quero viver minha vida do meu jeito, que tal?Quero me divertir do meu jeito, me vestir do jeito que eu gosto, não quero ser mais uma na multidão, eu quero me destacar no meio de tantas pessoas chatas, e eu vou, vou fazer de tudo pra isso.Eu só quero isso, e viajar pra florianópolis.

terça-feira, 21 de julho de 2009


Hoje eu acordei, e lembrei de você, respirei fundo e me levantei da cama, me olhei no espelho e me assustei com a minha cara de cansada, você tinha me pertubado a noite toda.Eu tentei sair de casa, eu juro que tentei, mas você me deixou pra baixo e me fez voltar pra cama.Eu passei o dia inteiro ali, passando os canais, e acabei não vendo nenhum programa, tá bom, talvez um ou outro.Te esqueci por alguns minutos, mas ai você voltou, mais forte do que nunca.Eu tentei me distrair com outras coisas, jogos, baboseiras, mas não, você insistia em martelar dentro de mim.Deitei mais um pouco, e depois fui tomar um banho, cantei algumas músicas e esqueci de você.Joguei, brinquei, mexi na internet, e você foi me deixando, foi sumindo aos poucos, conversei com a minha mãe sobre amores passados, amores presentes, amores futuros, música, teatro, sobre tudo, brinquei com a minha cachorra, vi meu pai, conversei com ele.Notei que você não me incomodava fazia um tempo.Voltei para o computador, e então, você voltou pra mim...


Maldita cólica.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Eu quero minhas amigas de volta, fato.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Just friends?

Uma coisa ficava na cabeça dela, e ia ficar até ela ter certeza da resposta, afinal, o que aquele cara da noite passada queria com ela.Bom, não era apenas um cara, era um de seus grandes, e eles passaram a noite juntos.Ela só sabia que alguma coisa naquela noite tinha revirado seu estômago, tinha liberado borboletas frenéticas dentro da sua barriga, e que as lembranças de cada toque da pele quente dele na dela arrepiava seu corpo inteiro.Ela estava sentada no sofá, com uma caneca cheia de café na mão, usava óculos com uma armação preta, seus cabelos estavam presos num coque frouxo e ela estava de calcinha e uma blusa larga.Tinha um recado em cima da bancada da cozinha mas ela tinha medo de ler.Ela respirou fundo e foi até o papel e viu uma caligrafia perfeitamente itálica, quase de médico, ela pegou o papel.

"Te ligo mais tarde, desculpa ter que sair assim, obrigado por essa noite maravilhosa.Beijos, pequena."

Ela suspirou desapontada, o "obrigado" deixava implícito que teria sido só aquela noite, só que o "pequena" deixava claro que ele ainda se importava com ela.Isso a deixou ainda mais confusa, tirou a blusa e foi andando apenas de calcinha até o chuveiro, tirou a mesma e tomou um banho demorado, ficou andando pela casa de toalha e penteando seus cabelos, estava jogada na cama encarando o teto e tentar prever o que aconteceria com eles dois.A campainha tocou e ela se assustou, colocou a calcinha e um vestido, e foi atender a porta sem olhar no olho-mágico, se assustou ao ver o cara que tinha passado a noite com ela com aqueles cachos perfeitamente loiros e aquela pele sardenta, e aquele sorriso estonteante, ela abriu um sorriso de orelha a orelha e ele a encarou com seus olhos azul-piscina deixando-a sem ar.Ele a puxou pela cintura e roubou um beijo sem falar nada.Ela rompeu o beijo e o afastou um pouco com as mãos, ele levantou a sombrancelha.
- Por que você foi embora? - ela perguntou se desvencilhando dos braços dele.Ele sorriu, e ela levantou a sombrancelha.
- Por que eu precisava entregar um relatório no trabalho, você não sabe como doeu te deixar toda linda naquela cama sozinha. - ele disse a puxando pra perto.Ela sorriu besta, e seu coração bateu mais forte, ele deu um beijo na bochecha dela, e ela olhou nos olhos dele.
- Então, vai ser assim daqui pra frente? - ela perguntou depois de um tempo encarando os olhos perfeitamente azuis dele, ele sorriu abertamente.
- Bom, eu não vou mais te deixar sozinha na cama de manhã, prometo. - ele disse piscando, ela riu alto e eles passaram o resto do dia sentados no sofá assistindo tv, curtindo um ao outro.

Strings

Somehow, someway

I’ve lost my hate

Somewhere, someday

We’ll meet anyway


But now I’m lost

between the strings of your guitar

I’m breathless

with your voice in my head

Your whisper

is calling my name


I know we don’t feel the same

I will try anyway

Cuz’ I know that

Somehow, someday

You’ll know that we are the same


But now I’m lost

between the strings of your guitar

I’m breathless

with your voice in my head

Your whisper

is calling my name


But, somehow, someday!

Somewhere, someway!

We’ll be together

Don’t matter what they say

Guitar lover


A voz rouca penetrou seus ouvidos e todas as outras vozes no bar pareceram desaparecer, um sorriso besta apareceu em seu rosto e ela fechou os olhos e ficou degustando a voz rouca e deliciosa.

She's a good girl, loves her mama Loves Jesus and America too She's a good girl, crazy 'bout Elvis Loves horses and her boyfriend too

A voz deliciosa cantava, e ela sentia seu corpo se arrepiar.

It's a long day living in Reseda There's a freeway runnin' through the yard And I'm a bad boy cos I don't even miss her I'm a bad boy for breakin' her heart

Ela sorriu com essa parte, e se virou pra ver quem cantava

And I'm free, free fallin' Yeah I'm free, free fallin'

Viu um homem com cachos caindo sobre os olhos fechados

All the vampires walkin' through the valley Move west down Ventura Boulevard And all the bad boys are standing in the shadows All the good girls are home with broken hearts

Ele abriu os olhos antes de começar a cantar de novo, e os olhos azuis dele encontraram os olhos verdes e brilhantes dela, ele os fechou de novo e sorriu.

And I'm free, free fallin' Yeah I'm free, free fallin'

Ele se levantou e continuou cantando, foi andando pelo bar em direção a ela.

Free fallin', now I'm a, free fallin', now I'm a Free fallin', now I'm a, free fallin', now I'm a

Ela ficou estática ao ver que ele estava a apenas alguns centímetros dela, cantando com a sua voz rouca, ela podia sentir sua respiração no seu rosto.

I wanna glide down over Mulholland I wanna write her name in the sky Gonna free fall out into nothin' Gonna leave this world for a while

Ele se afastou um pouco, e ela segurou seu ombro, ele sorriu ainda de costas, e se virou.Fechou os olhos e cantou a última parte.
And I'm free, free fallin' Yeah I'm free, free fallin'

Terminou de cantar, tirou o violão da frente e beijou a moça de olhos verdes, ela bricou com os cachos dele enquanto e ele se divertia nas costas dela.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

The couch


Senti seu perfume tomar conta de mim, senti seus braços me tirarem do chão, senti seus lábios encostando nos meus, senti minhas costas encostarem num lugar macio e notei que estávamos no sofá, senti sua respiração falha no meu pescoço, senti o meu corpo arrepiar, senti sua mão explorando meu corpo, senti tua lingua encostar na minha, senti sua boca no meu pescoço, senti tudo isso e depois não senti mais nada, tudo que eu me lembro depois disso é de estar com a cabeça no seu peito e você estar coçando as minhas costas enquanto via tv.Olhei para cima e vi que você sorria, olhei para a tv e vi que passava um filme velho, você notou que eu acordei e me deu um beijo, sorriu e acariciou minha cabeça, e eu fiquei ali, sentindo suas mãos brincarem nas minhas costas e sentindo o calor que emanava de você, sentindo aquele perfume, sentindo você, sentindo seu coração bater de uma forma engraçada e sentindo uma coisa engraçada em mim.

sexta-feira, 10 de julho de 2009


Today was the worst day ever.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Sweet memories


Ela andava por onde tinha passado sua vida inteira até os dezoito anos, ela olhava o parque e a nostalgia rolava solta no ar.Ela prendeu a respiração ao ver os balanços aonde sempre ficava, foi ali que tinha visto seu primeiro grande amor.Ele se sentou no balanço do nada e sorriu, ela sorriu de volta e eles ficaram conversando naqueles dois balanços, hoje em dia quebrados, uma tarde inteira, ela riu de si mesma e de como tinha ficado apaixonada, guardava para si o detalhe dessa paixão ainda estar um pouco fresca demais nela, ela caminhou mais um parque e viu um lago, ela riu alto consigo mesma e lembrou da vez em que os dois pularam ali, já adolescentes e com os hormônios a flor da pele, ela lembrava exatamente daquele dia, seus pais tinham viajado e ela foi até a casa dele altas horas da noite chama-lo para ir no parque, ele perguntou se ela estava louca, e ela riu, ele desceu e eles foram correndo de mão dadas até o parque ela tirou sua blusa e ficou só de sutiã e short e ele ficou só de bermuda, eles pularam na água gelada e riram de si mesmos, ela reclamou do frio e ele a abraçou para esquentá-la, e foi depois disso na casa dela que ela teve sua primeira vez.Ela continuou caminhando por ali, até que um menino dos olhos verdes e sorriso magnífico apareceu sentado num banco que ela sempre sentava, ela ficou olhando para ele tentando reconhecer, ele desviou o olhar do chão para os olhos dela, fazendo ela arrepiar por dentro, agora não tinha mais dúvidas, era ele.Ele sorriu seu sorriso magnífico e ela sorriu cheia de saudades, ele se levantou.
- Meu Deus, se me falassem eu não iria acreditar.Olha só quem voltou! - ele disse rindo e a abraçando e dando um beijo na sua bochecha.
- Eu não voltei exatamente, só estou visitando. - ela disse sorrindo triste, o sorriso desapareceu do rosto dele.
- Eu sabia.Você nunca mais voltar pra cá, não é seu lugar certo? - ele cuspiu as palavras rudemente.Ela se sentiu mal, foi exatamente o que ela pra ele quando ela tinha ido embora.
- Desculpa, mas eu já tenho uma vida lá em L.A.Já tenho um trabalho e tudo mais.
- E aqui?E a sua vida aqui? - ele perguntou indignado, ele olhou nos olhos dela. - E eu? - ele perguntou depois de uma pausa grande.Ela sentiu como se uma faca fosse enfiada no seu coração.
- A minha vida acabou por aqui, a única coisa que me faz continuar vindo aqui são meus pais - ela disse e parou e olhou nos olhos dele com as lágrimas se formando no rosto dela. - e por mais que eu odeie admitir, você me faz continuar vindo aqui, continuar tendo lembranças maravilhosas desse parque. - ela disse sorrindo triste com as lágrimas já rolando pelo rosto, ele puxou o braço dela e a abraçou.
- Você não sabe como eu sinto a sua falta, mongolzinha. - ele disse no ouvido dela, fazendo-a arrepiar. - Você era a coisa mais interessante dessa cidadezinha chata do interior, realmente, esse não é o seu lugar, e isso corta o meu coração, mas eu admito, sua vida é realmente em L.A. - ele disse e ela sentiu as lágrimas dele no seu cabelo, ela levantou o rostou e roubou um beijo dele, ele retribuiu.Eles ficaram ali se beijando, e no fim do dia ela foi embora, como ela sempre fazia, e deixou o amor da sua vida ali naquela cidadezinha chata do outro lado do país e foi para L.A. para sua vida cheia de trabalho e pessoas famosas.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Love Train


Ela se sentou ao seu lado vendo seu sorriso de canto de olho, eles ficaram ali, sentados um ao lado do outro até ele soltar uma risada baixinha e se virar para ela, ela levantou a sombrancelha desconfiada e ele esticou a mão se apresentando, ela apertou sua mão.
- João - ele disse com sua voz incrivelmente macia, um sorriso escapou do lado esquerdo da boca dela, e ele sorriu com todos os dentes.
- Hilary - ela disse com sua voz rouca, ele sorriu ainda mais.Ele se virou novamente para frente e o trem foi andando.Um filme começou a passar nas cadeiras da frente e eles ficaram assistindo.Quando ela notou estava encostada no peito dele e ele a estava envolvendo com seus braços fortes, ela olhou pra cima e notou como os olhos dele eram incrivelmente claros e bonitos e seus cabelos eram negros, e sua pele morena, ele a olhou e roubou um beijo, ela segurou a cabeça dele não o deixando desfazer o beijo, ele sorriu no meio do beijo e ela o provocou, ele a puxou pra si deixando seus corpos o mais colado possivel.O trem parou e a parada dela era aquela, ela se desvencilhou dos lábios quentes e macios, colocou sua boina e foi embora, deixando um papelzinho com seu telefone, ele sorriu com os cabelos bagunçados e cheio de vontade, ela mandou um beijo e ficou vendo o trem ir embora da estação.