sábado, 28 de fevereiro de 2009

DA e NA


E toda essa parada de amor vem à tona, eu me pego refletindo sobre o que eu sinto pelas pessoas do meu círculo social.Descubro que todos tem sua importância, em níveis diferentes, tem as amizades da minha vida e as amizades que estão na minha vida agora.Essas eu sei diferenciar bem.Algumas machucam ao me avisar que elas são 'na' não 'da', e outras me alegram ao deixar bem claro que estão pra ficar.Toda essa história embaralha a minha cabeça e me deixa um tanto filosófica quanto aos meus amores.Todos eles foram amores em escalas diferentes, o amor carnal e momentâneo, o amor carnal mais duradouro, e o amor da minha vida.Todos eles já passaram por mim e eu sei que muitos outros carnais surgiram, e alguns amores mais evoluídos, que poderão até chegar ao nível do amor da minha vida mas que não se sustentarão tanto quanto ele se sustenta.E se sustenta sozinho, pois eu não o seguro.Por mim, já tinha ido embora e me deixado em paz.Mas ele sempre vai ficar sorrindo pra mim esperançoso para poder explodir e me fazer transbordar sentimentos e atrações, tanto que nem conseguirei disfarçar o que sinto, estará estampado no brilho dos meus olhos.Todos poderão notar no tremer das minhas mãos e no meu sorriso emocionado.Eu sei que um dia os amores que passaram na minha vida vão me deixar lembranças alegres, eu sei que talvez eu não esteja do lado do amor da minha vida quando me lembrar e rir comigo mesma das bobagens que pensei em fazer para consegui-lo para mim.Mas, o amor da minha vida não precisa ser necessariamente com quem vou casar certo?Agora me diz, qual é a estrada que eu devo tomar pra encontrar o amor da minha vida no final, nem me conte dos obstáculos, não me importo.Só quero saber a direção.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

She is perfect, for me.

Eu bati na porta, eu ouvi o barulho dela levantando e derrubando o que tinha pela sua frente, ela olhou pelo olho mágico, e demorou um tempo pra abrir a porta.Ela abriu puxando o short pra baixo e ajeitando o meião que usava.Eu a olhei e sorri e ela ficou constrangida.Toda linda com os seus cabelos bagunçados, o nariz vermelhinho, assim como as bochechas, um olhar cansado, um moletom rasgado, e o mesmo brilho nos olhos.Eu lhe disse que estava linda e ela me fuzilou com os olhos.
- LINDA? - ela gritou indignada. - Já te disse pra não vir aqui sem me avisar, principalmente quando eu to gripada, droga. - ela falou com a voz rouca.Eu lhe dei um beijo, e entrei.Ela ficou parada na porta, e só depois de um tempo fechou.Eu joguei todos os papéis sujos no chão e me sentei no sofá.Ela ficou em pé na minha frente.
- Amor, eu num gosto que você me veja assim, e eu não quero que você pegue a gripe. - eu olhei pra ela e disse que não via o porquê dela não querer que eu visse ela daquele jeito, pra mim ela sempre seria linda.
- E ainda por cima, - continuei. - hoje é o nosso aniversário de dois anos de namoro. - ela arregalou os olhos.Eu ri. - Você esqueceu né?
- AI, amor, desculpa!Eu tava tão preocupada em ficar melhor que nem lembrei disso.Ai, nossa, eu sou uma péssima namorada. - Eu lhe puxei pro sofá e lhe dei outro beijo.Ela se aconchegou em mim e eu fiquei lhe fazendo cafuné.
- Eu quero cuidar de você, pode? - eu sussurrei no seu ouvido e ela sorriu pra mim.
- Tá, pode sim. - eu lhe dei outro beijo, e ficamos ali vendo tv.Ela dormiu no meu colo e eu levei ela pra cama.Me deitei ao seu lado e dormimos os dois juntos.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

And then it's all done.

Às vezes eu não entendo as pessoas sabe?Um dia eu estava por ai caminhando e um garoto ficou me olhando, eu olhei pra ele e sorri, ele sorriu de volta e veio na minha direção, eu esperei ele chegar e fomos caminhando lado a lado sem dizer nada.Ele segurou a minha mão e eu sorri, ele disse seu nome e eu disse o meu.Conversamos uma tarde inteira, e no fim ele disse que não devia ter feito aquilo, e que era muito errado.Eu lhe perguntei se tinha como voltar no tempo, e ele disse que não, eu disse que ele não devia se arrepender por mais errado que aquilo poderia lhe parecer, foi ótimo enquanto durou.Então lhe disse que se dá próxima vez que a gente se visse não tivesse nenhum problema andarmos de mãos dadas, eu não me importaria de fazer de novo.Ele sorriu.E disse que tinha parar com essa mania, de fazer as coisas erradas e depois pedir desculpas achando que tudo vai voltar ao normal.Eu concordei, realmente era uma mania horrível.Ele fez cara de triste e eu sorri dizendo-lhe que conseguiria parar com essa mania.Ele sorriu pra mim e agradeceu, pediu desculpas e eu fiz cara de brava, ele sorriu envergonhado e disse que aquilo tinha sido certo enquanto durou, mas que agora tava tudo errado.Eu sorri e acenei.Disse que o esperaria por outra volta de mãos dadas pelo parque.Ele foi andando na direção oposta da minha.A gente se encontrou de novo, só que dessa vez eu que sentia que aquilo era errado.Tudo depende do ponto de vista.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

You're not a lemon.Or yes.Are you?


Às vezes você tem que fazer pra descobrir se é errado, pode parecer muito errado antes, mas depois tudo fica certo, ou o contrário.Não sei.Só sei que eu preciso terminar o meu suco de laranja antes que ele esquente.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Momento revoltado.










Olhinhos perdidos, tristes, cansados.Olhos que contam uma história de horror, de dor.Olhos que te suplicam por ajuda.Olhos com medo de tudo e de todos.Olhos desconfiados.Olhos esperançosos.Olhos maltrados.Olhos raivosos.Olhos melancólicos.Todo esse sofrimento que passaram estão guardados lá no fundo dos seus olhos, esperando para serem arrancados de lá, esperando por um novo lar, por uma casa de verdade, coisa que nunca tiveram.Eles te imploram por carinho, atenção e todo o amor que você puder lhes dar.Eles só pedem uma coisa: amor.E é isso que falta nesse mundo, amor.Todos falam tanto disso, dizem que é uma coisa complicada.Mas pode até não ser.Esses olhos não te pedem um amor complicado, eles te amarão independente da sua aparência, do seu status social, eles te amarão pelo que você é.Não te criticarão quando você fizer algo errado, ficarão do seu lado quando você estiver triste.Te consolarão do jeito que podem.Esses olhos vão te suplicar por um sorriso, vão te suplicar para sair da cama e brincar com eles.Esses olhos não te deixarão sozinha quando você mais precisar.Esses olhinhos vão se encher de alegria quando te verem chegar, esses belos olhos, os olhos mais sinceros, vão te acariciar quando você precisar de carinho, vão te irritar quando você estiver muito chata, vão te pedir comida quando você se esquecer dela.Esses olhos são os que não merecem sofrimento, todos esses olhos merecem alegria, merecem carinho, merecem uma casa.
A coisa que mais me revolta é a maldade com os animais, eles não podem se defender, depois vem o maltrato com as pessoas.Eu tenho essa coisa, os animais não fizeram nada com o mundo, nós estragamos a natureza, fomos nós, por isso me preocupo mais com os animais que com o passar do tempo só estão sofrendo mais e mais e por culpa de nós, humanos, precisamos cuidar dos animais e depois cuidar da gente, tudo isso só vai se resolver quando todos se preocuparem com a natureza, ai nós vamos parar de estraga-la.Depois nos preocupamos com a gente.Nos achamos muito evoluídos, não somos, a única diferença entre nós e o resto dos animais é que nós temos raciocínio, só que nós nem estamos mais usando ele, e se usamos, usamos de maneira errada.Nós precisamos nos preocupar com os olhinhos tristes desse mundo, temos que nos preocupar com as árvores secas, com a falta de árvores.A culpa de tudo isso estar acontecendo é NOSSA.Somos todos culpados.Ainda dá pra nos recuperarmos, e não vai ser da noite pro dia.Mas eu tenho certeza que se todos se preocuparem de verdade e fizerem algo para ajudar, vamos deixar um mundo bem melhor para os nossos filhos.Eu invejo eles se isso acontecer.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Slipped away.


Ele sabia que eu amava como aquele uniforme de marinheiro ficava lindo nele, eu o vi chegando pela janela do quarto do bebê, o tom alaranjado do pôr do sol deixava tudo mais lindo, corri para a porta e pulei em seu pescoço, ele me segurou e me deu beijos cheios de saudade, eu sorri e deixei as lágrimas que eu tinha guardado esses meses caírem todas ali, ele as enxugou e me beijou.Entramos abraçados em casa e Paul estava segurando seu ursinho por um braço e com uma blusa grande de seu pai.Ele também deixou as lágrimas caírem ali naquele momento.

- Papai! - ele falou daquele jeito gostoso de crianças de três anos, esticou os braços, ainda segurando seu ursinho, e se perdeu no meio dos braços fortes de seu pai.Eu sorri, e me sentei no sofá.Ficamos até umas dez horas conversando na sala sobre a viagem, ele contava sobre as aventuras do mar, lógico que ele poupava os detalhes horríveis da guerra, mas Paul ficava admirado quando ele exagerava nos seus atos de bravura, e nós riamos quando ele dizia que o pai dele era o maior herói de todos.Enfim Paul dormiu e nós fomos para o nosso quarto.Foi uma noite cheia de saudades, e suor.Após alguns meses, eles o chamaram de novo.Eu pedi para que não fosse, a guerra estava cada vez mais perigosa.Ele disse que tinha que ir, nós gritamos um com outro e Paul chorou.Naquela noite não teve não um pouco de suor, foi tudo frio.No dia seguinte de manhã.Ele me abraçou forte, me deu um beijo na testa e disse que me amava, eu o olhei com os olhos cheios de lágrima e com Paul choroso no colo.Ele lhe deu um beijo na bochecha e disse para se comportar.O carro dele chegou, ele pegou sua mochila e foi correndo em direção ao carro, deu uma última olhada para nós, e nós acenamos melancólicos, ele sorriu triste e entrou no carro.Foi a última vez que eu o vi.Cá estou eu, com a maquiagem borrada, minha roupa preta jogada na cama e o bilhete que encontraram no corpo dele do meu lado, escrito com uma letra tremida e fraca "Desculpa, amor.Cuida do Paul.Amo você mais do que tudo, vou sentir sua falta." Paul apareceu na porta do meu quarto com os olhos inchados, eu o chamei e ele se aconchegou no meu colo, beijou minha barriga de oito meses de gravidez e sorriu melancólico para mim, eu retribui."Amor, agora vou tomar conta de Paul e Jake, em homenagem a você.Eu te amo.E não precisa se desculpar." eu escrevi atrás do bilhete dele.Meu eterno Jake.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Someday they'll be together, maybe.

Eu ali sentada num banco, vendo meu cachorro brincar com mais alguns da vizinhança, observei uma menina de óculos escuros entrando no parquinho com um sorvete na mão, ela deixou sua bolsa num lugar que não tinha areia, sentou no balanço e ficou brincando nele enquanto tomava seu sorvete, notei que ela estava meio aérea, olhava pro céu e sorria.Terminou seu sorvete.Ela olhou pra mim enquanto ia jogá-lo no lixo.Deu um sorriso e eu retribui.Ela voltou para o balanço, eu percebi que ela não tinha idade pra ficar brincando no parquinho, devia ter uns 16 ou 17 anos.Ela pegou sua bolsa e sentou com ela no balanço, pegou os fones de ouvido e escolheu uma música.Ela dublava animada.Ela olhou para trás e sorriu, um garoto de cabelos pretos e olhos azuis, com uma ótima aparência, sorriu de volta.Ela desligou o Ipod e foi até ele.Eles se abraçaram e ela sorriu.Ele falou alguma coisa e ela riu concordando.Ela olhou pra mim de novo, só que sem sorrir dessa vez.Eles andaram lado a lado conversando alguma coisa.Ela olhava pra ele de um jeito intenso e apaixonado, ele fazia o mesmo.Eles ficaram ali embaixo de um prédio na minha frente, eu podia escutar as risadas, e as brincadeiras que eles faziam.Aqueles dois estavam completamente apaixonados um pelo outro.Dava pra notar de longe.As risadas acabaram e eles se abraçaram.Ficaram ali um tempo um sentindo o corpo do outro, ele sussurrou no seu ouvido: "Someday" e ela completou "We'll be together" os dois sorriram tristes.Ele lhe deu um beijo na bochecha e ela foi embora, ele ficou ali um tempo observando ela partir, olhou pra mim, e sorriu.Eu sorri de volta.Ele se virou e foi na direção oposta da dela.Os dois melancólicos depois de uma ótima tarde de diversão.Perfeitos um pro outro e não podem ficar juntos.Não entendo.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Sweet strangers.


O sol tava fraco naquela tarde de outono, eu estava andando por uma rua pouco movimentada, uma vizinhança rica, eu morava na rua de baixo e não aguentava mais ficar em casa ouvindo meus pais brigando, as casas da rua de cima eram bem mais bonitas do que a da minha rua, não tinham cercas, os jardins tinham cores fantásticas, e a maioria delas era branca, eu me sentia meio deslocado andando por ali com uma bermuda velha, uma blusa colada que eu tinha comprado num desses brechós por 10 dólares, e um tênis qualquer, peguei um cigarro no bolso da minha bermuda e procurei o fogo, como sempre, tinha esquecido.Sussurrei um "merda" e continuei andando ainda mais frustado.Parei na pracinha e me sentei num banco de madeira meio molhado por causa da chuva que tinha acabado a pouco tempo.Joguei minha cabeça pra trás e fiquei ouvindo os barulhos das folhas da árvore balançando, ouvi alguém chegando e abri os olhos devagar, olhei pro lado e vi uma menina loira com os olhos vermelhos e um cigarro na mão, ela procurou algo na bolsa e jogou o cigarro no chão frustrada, eu ri de nós dois.Dois estranhos frustrados pelo mesmo motivo na mesma praça.
- Chorando? - eu perguntei num tom de voz brincalhão, ela me fuzilou com o olhar e eu sorri.
- E o que te interessa? - retrucou ela deixando uma lágrima correr pelo seu rosto.Eu levantei do meu banco e fui sentar do lado dela, ela me olhava intrigada e segurava as lágrimas enquanto tentava formar algumas palavras pra me impedir de sentar ao seu lado.
- Sabe, - eu comecei a falar olhando fixamente nos olhos azuis dela. - seus olhos são fantásticos. - ela ficou vermelha. - Mas, não era isso que eu ia falar, só tava testando. - eu pisquei e sorri, ela revirou os olhos. - Enfim, meus pais tavam brigando muito e eu resolvi vir pra cá.Tentei acender um cigarro mas não tinha fogo, que nem você. - eu sorri pro céu e ela sorriu de leve, eu voltei a olhar ela nos olhos.A respiração dela falhava.
- Eu vim aqui por que meu pai tá traindo a minha mãe. - ela disse encostando sua cabeça no meu ombro.Eu acariciei seus cabelos.
- Uau, isso é péssimo. - disse lhe dando um beijo no topo da cabeça.
- É, mas eu acho que o pior... - ela levanto a cabeça e olhando pros meus olhos. - é ter sumido meu fogo. - nós dissemos a última parte juntas e depois sorrimos. - Seus olhos são lindos, e sua boca... - ela continuou, eu sorri envergonhado, ela me roubou um beijo.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Call it: Love.


E eu ali prestando atenção na sua respiração, você de olhos fechados deitado no meu colo, respiração calma, rosto sereno, suas bochechas rosadas de calor, seus cabelos bagunçados pelo meu cafuné, um sorriso fraco no seu rosto, uma mão sua apoiada na sua barriga, e a outra entrelaçada na minha.Meu coração estava rápido, tudo em você era perfeito, não podia encontrar um defeito nem uma simples espinha.Você abriu seus olhos e o verde deles me encantou, você me abriu um sorriso, o sorriso que você só sorria pra mim, se levantou e ficou sentado de frente pra mim, minhas bochechas coraram, e você acariciou meu rosto.Eu sorri envergonhada e você me roubou um beijo demorado, depois foram beijos mais demorados, beijos mais intensos, carinhos, até meus cabelos estarem completamente bagunçados jogados de qualquer jeito no seu peito nu, você me deu um beijo no topo da cabeça e foi a minha hora de receber cafuné.Não sei como você faz isso, mas acho que são as cores dos seus olhos, elas me hipnotizam.Esse verde esquisito que é só seu, e esse seu sorriso que é só meu.Você, que é todo meu, e eu que sou toda sua.Toda, sem nenhum pedacinho sobrando.Mais beijos, mais carinhos, algumas trocas de palavras de amor, e fomos dormir, eu apoiada no seu peito nu, e você ainda com a mão no meu cabelo.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

E tudo começa de novo.Mais um ano, mais aulas, mais matérias, mais stress, mais tudo.