domingo, 1 de março de 2009

There's no right or wrong.

E mais uma vez eu estava naquele lugar que me trazia lembranças de coisas que me machucavam tremendamente, eu me sentia uma mazoquista sentada ali lembrando de tudo que você me disse, de tudo que nós dissemos, de todos os olhares trocados, de todos os sorrisos, de todas as despedidas.Eu fechei os olhos e deixei o vento me consolar, o barulho das árvores balançando me acalmavam, na minha cabeça seu sorriso ia e voltava, o barulho da sua risada aparecia e sumia, seus olhos cheios de alegria abriam e fechavam, era só você ocupando meus pensamentos.O vento ficou mais forte e eu me obriguei a abrir os olhos, olhei os quadradinhos no chão e eu pude sentir seus braços me apertando forte, pude ouvir sua voz brincando comigo.Eu me abracei e deixei as lágrimas correrem livres pelo meu rosto.A falta que eu sentia de você era imensa, e a certeza de que eu não podia te ver de novo me deixava arrasada.Você ali, naquela mesma rua, deitado no banco da minha frente, e eu nem tinha notado.Eu não podia ter te visto, não era certo, eu tinha prometido pra mim mesma que eu não podia.Você se levantou e olhou pra mim, abriu um sorriso imenso e cheio de saudades.As lágrimas correram mais rápidas e eu virei o rosto.Meus pés continuaram no mesmo lugar, eu me obriguei a correr pra longe de você, você gritou meu nome e eu me obriguei a não parar, pude ouvir você vindo atrás de mim, você era muito mais rápido e uma hora com certeza ia me alcançar, mas eu não parei.Senti sua mão segurar meu braço e eu parei.Você me virou pra você e me fez olhar nos seus olhos, meu rosto vermelho e tristonho te encarou, você me abraçou forte e chorou no meu ombro.Eu molhei sua blusa vermelha com as minhas lágrimas, você levantou meu rosto e me deu um beijo, segurou o meu rosto triste e eu enxuguei as lágrimas, você sorriu com os olhos e eu não conseguia mais ficar ali, eu queria, mas eu não podia.Não era certo.
- Não tem certo ou errado. - você sussurru no meu ouvido como se lesse minha mente, eu te olhei assustada e você sorriu, dessa vez com a boca, eu abaixei a cabeça e você me puxou para perto do seu corpo outra vez, pude sentir as borboletas insistindo em incomodar meu estômago.Eu te olhei nos olhos e te beijei, pude sentir seu coração acelerar ao mesmo tempo que o meu.Suas mãos exploraram minhas costas, minha cintura, minha nuca.E eu descobri que o certo era eu e você e nada mais.Toda aquela tristeza foi arrancada de mim junto com as minhas roupas quando chegamos à sua casa.

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